Ao procurar um veterinário, seja ativo na consulta e insista para que ele examine minuciosamente o animal e peça exames para chegar a um diagnóstico preciso.
Focinhos
É verdade que há alguma relação entre um focinho geladinho e úmido e um cão saudável. Na média, cães costumam ter o focinho assim, mas não necessariamente um focinho mais quente e seco demonstra que o cachorro está doente. Alguns peludos simplesmente não produzem tanta secreção nasal. A chave para saber se há algo errado é monitorar cada animal. Se um cachorro que sempre teve o focinho mais gelado e úmido passar a tê-lo morno ou quente e seco, é um indício de que está com febre ou desidratado.
Lenda
Mas focinho seco não é certeza absoluta de febre. Este é só mais um dos mitos sobre cães. A única maneira de saber se o animal está febril é medindo sua temperatura corretamente. As secreções nasais dos cães podem variar, seja ao longo de um dia ou semana ou mesmo ao longo da vida. Embora um focinho úmido e geladinho seja normal, o oposto não é necessariamente anormal.
Sintomas
Se o cão não está exibindo desconforto, não está espirrando nem lambendo o focinho excessivamente, não está letárgico, não apresenta perda de apetite e se o focinho não está descascando ou sangrando, só exames poderão indicar se há mesmo algo errado. Como sempre, consultar o veterinário e pedir que ele investigue é o mais recomendado, pois é melhor prevenir do que remediar.
Descascando
Algumas doenças autoimunes (como o lúpus) podem fazer com que o focinho descasque. Focinhos despigmentados (sem cor) são mais suscetíveis aos raios solares e também podem descascar e sangrar. Inclusive algumas dessas doenças autoimunes podem provocar a despigmentação. Exposição excessiva ao sol forte pode aumentar as chances de doenças autoimunes acontecerem, assim como câncer. Se seu cão começar a apresentar mudanças na cor e na textura do focinho, procure imediatamente um bom veterinário. Até mesmo biópsias podem ser necessárias para avaliar a saúde dele.
Cuidado
Infelizmente, existem alguns veterinários que pecam pela falta de investigação, dando diagnósticos sem sequer examinar atentamente o animal ou sem pedir exames e que tratam na base da tentativa e erro. Enquanto isso, o cão ou gato não recebe diagnóstico correto, segue sem tratamento correto e com isso fica mais doente e ainda é medicado desnecessariamente e de maneira equivocada.
Exames
Não são poucos os relatos de posturas assim que levaram animais à morte. Ao levar seu cão ou gato ao veterinário, exija que um exame clínico completo seja feito, com temperatura aferida, apalpações, coração auscultado, ouvidos e boca examinados minuciosamente etc. É o mínimo a ser feito. Faça perguntas e use o bom senso. Muitas vezes a intuição do tutor do animal, que insiste que há algo errado é que provoca uma resposta mais ativa do médico. Temos visto veterinários que sequer examinam as gengivas dos pacientes, algo que rapidamente indicaria uma anemia, por exemplo. Coletar sangue para pedir hemograma completo, perfil renal e hepático, ureia e creatinina e pesquisa de parasitas no sangue ajuda muito nos diagnósticos e não custa caro. Quando o assunto for saúde, procure pecar pelo excesso para saber se está mesmo tudo bem e mude de veterinário se achar que o escolhido não tem conhecimento ou interesse suficientes.
Fonte: https://ndmais.com.br